A convulsão escrita e outras pantanosas experiências

Começo sempre de um lugar, que antes era inconsciente de existir.
Título, que nem sempre vai permanecer coerente ao texto, mas que por fim, pode ter sido o começo. -nunca prestei atenção nas aulas de redação, nem muito nas outras, enfim. Nem mesmo sei pra que presta uma virgula no lugar comum, senão fora dele.

Então, ao invés de papel, ao invés de esboço, faço do original-esboço, um esboço-final.
Mas não era disso que vinha falar, só falei porque a ideia do título me veio na cabeça, assim que abri essa página boba de postagem, que deixam a gente pressionada a escrever. Mas gosto disso, assim venço aos poucos a inercia.

Assisti um filme que como se diz nos artigos criticólogos é, sen-so-ri-al. Se preocupava em narrar através do som o ambiente em que se está. E o som que ouvimos na sala de TV-grande, é do mesmo material ondular que lá fora ouço os sons naturais.
Sempre me lembro do professor de física tentando me explicar que no vácuo não tem ondas sonoras (aquelas em forma de mola?), mas tem ondas luminosas (a do Sol, os raios solares, e então paro para ver um chiclete na cadeira que quase gruda no cabelo verde da menina da frente). Por isso deduzi que o filme mudo, era feito no vácuo. Só pode ser, Chaplin, era o melhor ator-diretor do vácuo. Palmas, palmas inaudíveis.

O filme era em uma cidade-pântano, clima úmido e quente, chovia, chovia e etceterá. Os adultos viviam embriagados, e as crianças viviam muito próximas, encostando corpo uma n´asoutras. De roupa de verão, biquini, sem camiseta. Iam caçar animais que morriam no pântano, caçar naquelas porque eles já estavam mortos. Nadavam e se enrolavam na lama.

Quando sai, da sala de onde estava assistindo, a chuva, que antes estava chovendo, tinha parado. O clima abafado e úmido do vaporzinho do asfalto que sobe pelos pés, e o cheiro da grama e da folhas. Os sons, que eu ouvia eram as mesmas ondas sonoras que eu ouvia no filme, mas não eram dramaturgicamente pensadas a não ser que assim eu as quisesse.

ai, cansei, isso nem é um texto crítico, resenha filmografa, nada nada....não tem serventia . Mas se quiserem o filme é o Pântano, da Martel a Lucrécia.




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